Contos de Tradição Oral A palavra bendita
Em todas as apresentações com repertório de contos tradicionais a contadora convida o público a participar escolhendo as histórias que serão contadas e que estão sempre escondidas, dentro de caixas floridas, emarnhados de fita e especialmente dentro da nossa alma só esperando uma hora mágica para sair. O ato de contar histórias diferentes a cada apresentação empresta um frescor às narrativas, cria uma dinâmica diferente em cada cada contação e permitem que as histórias se apresentem por vontade própria, floresçam no tempo certo.
Cada apresentação é composta de três histórias, canções e jogos de palavras com tem duração de 50 minutos e atende um público de até 200 crianças.

O Coração do Baobá e outras histórias de lá
Graças a tradição oral, memória e coragem do povo que foi trazido de paises africanos para serem escravizados no Brasil, temos acesso a muitas histórias e elementos culturais presentes nessas culturas tão diversas e que até hoje misturados à cultura indígena e de outros povos que aqui chegaram, constituem a nossa história.
A contadora de histórias, especialista em contos africanos e mitos de orixás, Vanda Machado, diz que infelizmente, por influência da mídia quando falamos de África nosso imaginário fica povoado de miséria e tristezas, quando deveria se abrir em encantamento.
A contação A História do Baobá e outras histórias de lá, tem o intuito de aproximar crianças e adultos deste universo citado por Vanda, por meio dos contos de bichos que falam e que explicam o porque, o como e o lugar das coisas do mundo e que tanto despertam nosso interesse: como por exemplo: Porque o casco da tartaruga é todo quebradinho? Como a Galinha D’Angola ajudou a criar o mundo? Que tesouros guarda o coração de um Baobá? Porque as rãs são tão respeitadas em Angola? De onde surgiu o primeiro tambor?
As Princesas Cascudas
"Viajar é muita coisa misturada, tem gente que adora o caminho, tem gente que adora a chegada.
E pra chegar de Salvador a grande cidade da Bahia até o sertão é muita caminhada. Demora um bocado pra ver a cidade úmida, beira mar em torrões grossos de terra se transformar.
Daqui pra lá é tanta mudança na paisagem que a gente entra até em confusão de imaginar se o mundo é tão variado ou se é o olho da gente mesmo que vai mudando a cor do chão. "

As Princesas Cascudas é um espetáculo narrativo composto de Contos de Encantamento recolhidos por Câmara Cascudo no sertão nordestino nos anos 30.
São histórias de princesas corajosas, urubus faladores, santos passeadores e caminhos mágicos.
Na apresentação a contadora, utiliza-se da po´etica do gesto, da voz e da memória e de poucos recursos sonoros e canções para costurar as narrativas. Procurando sempre uma forma de aproximar seu modo de narrar da palavra viva das contadoras e cantadores populares.

As Malazartes do Pedro
Quem nunca se divertiu ao ouvir histórias de personagens frágeis, travessos e malandros que enganam fortes e poderosos opositores, que atire a primeira pedra!
Pedro Malasartes é uma dessas figuras que fazem parte do imaginário popular e que arrancam risos dos ouvintes que acompanham suas peripécias para vencer as mais difíceis batalhas contra as injustiças ou apenas conseguir o que quer. Em suas aventuras, prevalece uma moral ingênua na qual ele se utiliza de artimanhas, para garantir sua sobrevivência ou mesmo a vitória contra forças que – normalmente – não teria como vencer. E é assim que o danado consegue fazer a mais gostosa sopa de pedra, vender passarinhos mágicos que nunca existiram ou até enganar a morte.
Alguns adultos podem se assustar que estas historias provocam nos pequenos, acreditando que, apenas por ouvirem essas narrativas, serão induzidas a agir segundo seus personagens, mas as crianças são inteligentes, sabem separar o certo do errado e compreendem rapidamente que no território das histórias tudo é possível. Basta acionar o “Era uma vez…” e a esperteza, a fantasia, o humor e a bondade tornam-se capazes de vencer todo o mal.
Cerejeira em flor
As histórias favoritas das crianças japonesas.
É preciso conhecer as histórias do outro para criar empatia, para saber que as diferenças são muito valiosas e que somos todos parentes neste mundo furta cor .
Mesmo com a grande imigração japonesa que tivemos no Brasil, contar e ouvir histórias de lá ainda é como um passeio por outro mundo, por uma cultura cheia de mistérios e belezas muito diferentes das nossas e também por uma série de sentimentos, anseios e tristezas iguaizinhos aos que cultivamos em nossos corações.
A contação de histórias: Cerejeira – As histórias favoritas das crianças japonesas é composta de contos tradicionais do Japão. Nesta apresentação, Danielle Andrade faz um passeio pela delicadeza destas narrativas, cheias de árvores, animais, cheiros, sabores e saberes trazidos por este povo que de noite nos empresta o sol e de dia nos envia a lua para nos fazer sonhar.
